sábado, 21 de julho de 2012

Estudo conclui que limitar o tempo que passamos sentados nos ajuda a viver mais

Atualizado em  10 de julho, 2012 - 15:35 (Brasília) 18:35 GMT
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Computador escritorio | Foto: Reuters
Limitar o tempo que passamos sentados a apenas três horas por dia poderia
adicionar dois anos à nossa expectativa de vida, revelam cientistas americanos.

Seguindo esse princípio, restringir o tempo que passamos em frente à TV a duas horas por dia poderia acrescentar 1,4 anos à nossa expectativa de vida, afirmam os especialistas do Pennington Biomedical Research Center em Baton Rouge, Louisiana, em um artigo publicado na revista online BMJ Open.

Além disso, tal meta não é realista, argumentam os críticos.

 

Vida Sedentária

A recomendação médica para exercícios entre adultos é de pelo menos duas horas e meia de atividade aeróbica de intensidade moderada (como andar de bicicleta ou caminhar rápido) por semana, além de duas sessões semanais de exercícios para fortalecer os músculos.

Mas mesmo se você segue as recomendações, pode continuar a ter um estilo de vida sedentário. Por exemplo, se você trabalha em um escritório, pode passar a maior parte do seu dia de trabalho sentado.

Há cada vez mais evidências de que quanto mais tempo passamos sentados, menos saudáveis nós somos.

Vários estudos vincularam sentar e assistir TV a enfermidades como diabetes e doenças cardíacas, bem como um risco maior de morte.

Identificar uma relação entre o tempo que passamos sentados e longevidade, no entanto, não significa provar que uma coisa de fato causa a outra.

Os próprios pesquisadores, aliás, admitem que o estudo tem pontos fracos, o que torna as revelações menos confiáveis.

 

Alerta de Saúde

O estudo americano analisou uma grande amostra populacional -quase 167 mil pessoas no total- mas não investigou os diferentes estilos de vida dos indivíduos envolvidos.

Não se sabe ao certo quantos dos participantes já tinham problemas de saúde no início do estudo e, portanto, passavam mais tempo sentados em consequência disso.

Além disso, o estudo pressupunha que os participantes se lembrassem e relatassem com precisão o tempo que passaram sentados.

Os especialistas responsáveis, Peter Katzmarzyk e I-Min Lee, enfatizam que suas estimativas são teóricas.

Mas uma vez que os adultos pesquisados relataram ter passado, em média, a metade de seus dias sentados "fazendo atividades sedentárias", as conclusões do estudo podem representar um importante alerta de saúde pública.

 

Repercussão

O especialista em cálculos de risco David Spiegelhalter, da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, disse: "Este é um estudo de populações e não diz a você pessoalmente qual poderia ser o efeito de sair do sofá".

"Parece plausível que se gerações futuras se mexerem um pouco mais, talvez vivam mais".

"Mas poucos de nós passam menos de três horas sentados diariamente, então essa parece ser uma meta otimista".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/07/120710_sittingdown_shortlife_mv.shtml

quinta-feira, 19 de julho de 2012

20/08/2010 - 06h36

Folha.com


Tai chi chuan alivia sintomas da
fibromialgia, diz estudo

DA ASSOCIATED PRESS

A prática do tai chi chuan alivia dores nas articulações e outros sintomas da fibromialgia, segundo um pequeno estudo sobre o antigo exercício chinês. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine, na quinta-feira (19).

A atividade combina meditação com movimentos lentos, suaves, respiração profunda e relaxamento. Pode melhorar a força muscular, o equilíbrio, o sono, a coordenação e, de acordo com evidências, a fibromialgia.

Os sintomas da doença incluem dor no corpo, fadiga e pontos sensíveis nas articulações, músculos e outros tecidos leves. O problema é mais comum em mulheres de meia-idade e sua causa ainda é desconhecida.

Por causa da falta de sinais evidentes e testes definitivos, alguns médicos questionam se o problema é físico ou psicológico.

O estudo liderado por Wang Chenchen, da Tufts University School of Medicine, em Boston, envolveu 66 pacientes com fibromialgia que experimentaram o tai chi chuan ou exercícios de bem-estar e alongamento duas vezes por semana, durante 12 semanas.

Os sintomas melhoraram de forma significativa para o grupo de tai chi chuan e pouco para os outros. Os pesquisadores notaram melhorias na dor, humor, qualidade de vida, sono e capacidade de exercício, que se mantiveram por 24 semanas após o início do estudo.

Em um editorial, dois médicos e um especialista em medicina oriental do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, classificaram os resultados como "provocativos" e "impressionantes", mas disseram que ainda não está claro se benefício se deve a um efeito placebo. De acordo com os médicos, os resultados precisam ser repetidos em um estudo maior.

O principal patrocinador do estudo foi o Centro Nacional para Medicina Complementar e Alternativa, do governo dos EUA. Diversos autores recebem verbas federais para a investigações sobre corpo e mente e tem vínculo financeiro com empresas que produzem medicamentos para tratar a fibromialgia.

Endereço da página:
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/785678-tai-chi-chuan-alivia-sintomas-dafibromialgia-
diz-estudo.shtml

Folha.com - Equilíbrio e Saúde - Tai chi chuan alivia sintomas da fibromialgia, diz estudo

Taxa de diabetes em crianças já é 4 vezes maior na China que nos EUA

Atualizado em  9 de julho, 2012 - 05:41 (Brasília) 08:41 GMT
Chinês obeso | Crédito da foto: Getty Images
Cerca de 1,7 milhões de crianças entre 7 e 18 anos têm diabetes, aponta pesquisa.
Alçada à condição de superpotência entre os emergentes, a China vem enfrentando problemas decorrentes de seu enriquecimento. Um dos principais, apontam especialistas, é o elevado índice de obesidade entre as crianças do país.

Um estudo publicado recentemente na revista americana Obesity Reviews, principal publicação da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, apontou que os jovens chineses têm taxas de diabetes quatro vezes maiores do que as de seus pares americanos.
Entre os principais fatores que explicam a saúde precária dos adolescentes do país estão a mudança drástica no estilo de vida e nutrição, além da elevação nos índices de sobrepeso e obesidade que o gigante asiático tem registrado nas últimas décadas.

De acordo com o estudo, os jovens chineses também estão mais suscetíveis a doenças cardiovasculares.

Nos últimos anos, a China tem experimentado um crescimento econômico sem precedentes. Mas, em contrapartida, o país passou por dramáticas transformações no padrão de dieta, peso, e atividade física da população.

Para investigar o fenômeno, cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acompanharam durante duas décadas 29 mil pessoas em 300 comunidades na China.

A cada dois anos, os cientistas atualizavam os dados de mudanças de peso, hábitos alimentares e níveis de atividade física dos pacientes.

Ao fim do estudo, eles constataram "um grande aumento nos fatores de risco cardiometabólico e de sobrepeso" dos chineses.

Risco

Os cientistas também observaram uma incidência de diabetes e pré-diabetes de 1,9% e 14,9% respectivamente em crianças de entre 7 e 17 anos. De acordo com a pesquisa, na China, 1,7 milhões de crianças entre 7 e 18 anos têm diabetes e outras 27,7 milhões são consideradas pré-diabéticas.

Segundo eles, as altas taxas aumentavam os riscos de doenças cardiovasculares.

Quando compararam os dados colhidos com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES) dos Estados Unidos, os pesquisadores descobriram que as taxas de diabetes e fatores de risco cardiovascular são quatro vezes maiores entre a população jovem chinesa do que entre crianças e adolescentes americanos.

"Além disso, mais de 35% das crianças menores de 18 anos têm níveis elevados de, pelo menos, um fator de risco cardiometabólico", afirma o professor Barry Popkin, responsável pelo estudo.

Segundo ele, se nada for feito urgentemente para reverter essas tendências, o sistema de saúde pública na China terá de enfrentar um enorme desafio nos próximos anos.

"O que é inédito é a mudança na dieta, peso e risco cardiovascular em crianças de 7 anos ou mais", destaca Popkin.

"Esses números mostram o enorme fardo que o sistema de saúde da China terá de enfrentar se nada mudar", acrescenta.

Os cientistas também observaram altos níveis de risco tanto em indivíduos de comunidades urbanas quanto rurais, independentemente da classe social.

Para os autores, "os iminentes custos de saúde e suas implicações são imensos."

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/07/120709_obesidade_china_lgb.shtml

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sedentarismo mata tanto quanto cigarro, diz estudo

Nick Triggle
Um estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo.

A pesquisa, publicada na revista médica Lancet, estima que um terço dos adultos não têm praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes
por ano em todo o mundo.

Um terço dos adultos não pratica exercícios físicos
regularmente, revela estudo (Foto: BBC).

  
A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon, diz o estudo.

Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia.

Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.

Segundo a equipe de 33 pesquisadores vindos de centros de vários países diferentes, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.

Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal da Universidade Federal de Pelotas. "Com as Olimpíadas 2012, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas apesar do mundo assistir a competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários," diz ele.

"O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças".

No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas.

Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, o número de fumantes é bem menor do que o de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.

Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, "quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer".

América Latina

Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon. No Brasil, esse número sobe para 13,2%.

Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. O com a população menos sedentária é a Guatemala.

A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer de cólon.

No Brasil, ela é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.

A doutora I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e cada região fosse mais fisicamente ativa.

Ela diz que na região das Américas poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer de cólon.

Desafio global

É recomendado que adultos façam 150 minutos de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, toda a semana.

O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.

A presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, professora Lindsey Davies, diz que "precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana".

"O ambiente em que vivemos tem um papel importante. Por exemplo, pessoas que se sintam inseguras no parque mais próximo vão evitar de usá-lo."